Suplemento Mil Folhas, hoje, uma recensão ao romance de Jorge Reis-Sá. O texto que encima o artigo:
"Todos os Dias, o primeiro romance de Jorge Reis-Sá tem uns dois ou três pecadilhos: um excesso de lugares-comuns, fraca densidade emocional e a falta, menos grave, de poder de sugestão."
Que, supostamente, será uma transcrição do último parágrafo. Compare-se:
"Fora isso, a esta primeira vez de Jorge Reis-Sá apenas se apontará o dedo a dois ou três pecadilhos: um excesso de lugares-comuns, fraca densidade emocional e a falta, menos grave, de poder de sugestão."
Por qualquer obscura razão, saltei do primeiro texto para o último parágrafo, e ainda bem que o fiz. Leio a recensão de fio a pavio, tentando perceber qual o tom da mesma, se o anunciado no texto que enquadra o artigo ou, pelo contrário, domina aquele que o remate do último parágrafo sugere. Nada me surpreende. Fala-se do enredo, das personagens, existe um outro apontamento sobre o estilo ou o contributo da biografia do autor para a escrita do livro (Saint-Beuve, volta que estás perdoado), uma longa enunciação da bibliografia enquanto poeta, antologiador e cronista; o seu trabalho de editor também não é esquecido. Dois pontos a assinalar, se até agora não se percebeu: a vacuidade do artigo, genérico, facilitista, pouco esforçado, marcado pela ausência de um sentido crítico mais incisivo sobre o estilo, as personagens, a construção da narrativa. Pecado menor, de resto, porque comum a quase toda a crítica jornalística. Grave é a discrepância entre o texto escolhido pelo editor do suplemento como apresentação da recensão e o parágrafo que é parafraseado. Sublinho o "apenas", que é estranhamente retirado da primeira versão. Que critério editorial presidiu à decisão tomada? Há histórias mal-contadas que se intuem, relações suspeitas, mesquinhez que se sente à distância. Veja-se quem colabora no suplemento e conheça-se o passado de Jorge Reis-Sá e poder-se-á retirar uma ou duas conclusões. Eu não o farei.
"Todos os Dias, o primeiro romance de Jorge Reis-Sá tem uns dois ou três pecadilhos: um excesso de lugares-comuns, fraca densidade emocional e a falta, menos grave, de poder de sugestão."
Que, supostamente, será uma transcrição do último parágrafo. Compare-se:
"Fora isso, a esta primeira vez de Jorge Reis-Sá apenas se apontará o dedo a dois ou três pecadilhos: um excesso de lugares-comuns, fraca densidade emocional e a falta, menos grave, de poder de sugestão."
Por qualquer obscura razão, saltei do primeiro texto para o último parágrafo, e ainda bem que o fiz. Leio a recensão de fio a pavio, tentando perceber qual o tom da mesma, se o anunciado no texto que enquadra o artigo ou, pelo contrário, domina aquele que o remate do último parágrafo sugere. Nada me surpreende. Fala-se do enredo, das personagens, existe um outro apontamento sobre o estilo ou o contributo da biografia do autor para a escrita do livro (Saint-Beuve, volta que estás perdoado), uma longa enunciação da bibliografia enquanto poeta, antologiador e cronista; o seu trabalho de editor também não é esquecido. Dois pontos a assinalar, se até agora não se percebeu: a vacuidade do artigo, genérico, facilitista, pouco esforçado, marcado pela ausência de um sentido crítico mais incisivo sobre o estilo, as personagens, a construção da narrativa. Pecado menor, de resto, porque comum a quase toda a crítica jornalística. Grave é a discrepância entre o texto escolhido pelo editor do suplemento como apresentação da recensão e o parágrafo que é parafraseado. Sublinho o "apenas", que é estranhamente retirado da primeira versão. Que critério editorial presidiu à decisão tomada? Há histórias mal-contadas que se intuem, relações suspeitas, mesquinhez que se sente à distância. Veja-se quem colabora no suplemento e conheça-se o passado de Jorge Reis-Sá e poder-se-á retirar uma ou duas conclusões. Eu não o farei.
Sem comentários:
Enviar um comentário