21/07/06

Perguntas sem resposta

Qual o passe de mágica que consegue transformar a vítima em prevaricador (ver nota 4)?
A partir de que assimetria na contagem dos mortos se pode considerar que, vá lá, existe um ligeiro exagero na reacção de uma democracia a uma provocação de uma organização terrorista?
Quantas leis internacionais é que precisarão de ser transgredidas até que a organização que as produz e supervisiona decida, vejamos, criticar um pouco o transgressor?
A partir de que ponto é que se pode falar de termos tão claros como "catástrofe humanitária", "massacre de populações civis" ou, enfim, "genocídio"? Mil, dez mil, um milhão? De mortos, de feridos, de refugiados?
Quando é que finalmente estará saldada a dívida de cinquenta anos que mantém o Ocidente cativo de um Estado - Israel - que, por acaso, imita as acções de outro - Iraque - na mesma região, há quinze anos atrás, e que por tal atrevimento mereceu o devido castigo, desde a primeira guerra em 1991 até ao momento presente, caótico e sem futuro?
Desde quando é que a auto-proclamada superior cultura ocidental permite que se distinga entre "nós" e os "outros" de forma tão clara e assassina?
Até quando o medo?

[SL]

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