- O festival da Eurovisão entrou na sua fase pós-moderna; ontem, vi a caminho da final uma banda de metaleiros-light filandeses vestidos com aquilo que parecia ser sobras de um guarda-roupa de um filme de série B FC-xunga, assim como um conjunto de rapazes que alegremente repetiram durante três ou quatro minutos um mantra que dizia qualquer coisa como "votem em nós, nós vamos ganhar o festival da Eurovisão!" Eládio Clímaco, falando directamente de uma cápsula criogénica, não queria acreditar no que via. Mas manteve a compostura, tendo inclusive mimado os metaleiros filandeses com o inexcedível epíteto de "monstrinhos". Será que o Sampaio lembrou-se de condecorar esta figura mítica da televisão nacional? (A canção portuguesa? Parecia ter sido composta há trinta anos. E isto não é um elogio.)
- Margarida Rebelo Pinto não tinha razão na providência cautelar. Não é uma marca abrangida pela propriedade industrial. Não foi ofendida directamente pelo livro do crítico. Alguns milhares de exemplares no bolso depois, alguns milhares de euros fora do bolso dos contribuintes depois. Oh, boy...
- Há quem ainda se preocupe em atacar um objecto de literatura menoríssimo, em defesa de um dos mais belos exemplos da literatura produzida pela civilização ocidental nos últimos cinco mil anos. Ficção, ficção. Uma obra como a Bíblia Sagrada não precisava deste tipo de defesa.
Sem comentários:
Enviar um comentário