Durante os próximos tempos, nos sons deste blogue, uma lenda e os seus descendentes. Lloyd Cole, que provavelmente compôs a música mais encantada dos anos 80 - que me desculpem os Smiths -, Lloyd Cole, dizia, funda a sua força no cinismo desencantado de uma juventude indie nas margens da piroseira vigente nessa década. Desde a limpidez da viola acústica até à orquestração elegante, tudo parece existir na proporção correcta, na medida exacta do aperto de estômago saudosista, mesmo para quem não viveu esses míticos anos. Os seus êmulos, uns Camera Obscura que ainda estou a descobrir, conseguiram uma resposta comovente à pergunta de Lloyd. Pop com estilo, escapista, cantada por uma voz que por momentos nos faz acreditar que Lloyd encontrou o que procurava em Tracyanne Campell, escocesa como a banda que acompanhava o músico inglês. (Há ainda aqui ecos dos também escoceses Belle and Sebastian, mais um grupo de saudosistas dos magníficos anos 80). Tudo gente recomendável.
[Sérgio Lavos]
[Sérgio Lavos]
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