Se fosse necessário dissipar possíveis dúvidas sobre a importância d'O Independente na geração que agora tem entre 30 e 45 anos, bastaria passar hoje, e nos últimos dias, pela blogosfera portuguesa e ler a quantidade de obituários produzidos pelos antigos leitores do semanário. Quanto a mim, o melhor que posso dizer do jornal dirigido por Miguel Esteves Cardoso (apenas me interessou enquanto ele foi director) foi que aprendi a contestar a política e os políticos com a sua leitura. Pouco antes de descobrir que era de esquerda. Mal sabia eu que o sentimento era contraditório, e que havia ambições políticas pessoais impulsionando o projecto. Atraiu-me o estilo da maior parte dos colaboradores daquela primeira época, e isso, no fundo, é suficiente. A política é perfeitamente acessória.
[Sérgio Lavos]
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