Não havia um homem nesta casa. Quando entrou, o mestre disse-me para me sentar a um canto. Como nenhum canto estava livre, sentei-me no meio da única divisão, circular e com uma chaminé no centro. O mestre caminhou em meu redor; três voltas completas. A cada passagem pela minha frente, as montanhas desapareciam. Reapareciam. Desapareciam. Quando parou, o mestre soprou nas minhas costas: "O que vês lá fora, as montanhas ou o intervalo entre cada corpo?" "Qual corpo?" - perguntei. "O que neste momento tu não vês." E calou-se. Passado algum tempo, adormeci. Agora, acordo, e vejo que nenhum homem habita esta casa.
[Sérgio Lavos]
[Sérgio Lavos]
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