24/05/13

Perder o tempo

Ir avançando por aí, pelo tempo fora, é perder aos poucos o que nos motiva quando somos mais novos. O que nos transporta é ilusório, úteis invenções às quais entregamos a vida. Sabemos que as vamos largando por aí, por vezes elas acodem-nos à memória e por ali ficamos, mergulhados nas possibilidades que se foram esgotando. A cada momento em que paramos e pensamos nela, na mesma medida desejamos essa ilusão ingénua e ficamos felizes no que somos, no que sobe à superfície do abismo da perda. A serenidade será nada querer, nada ambicionar? Ainda irei a tempo de saber.

1 comentário:

Freak Perfum disse...

Talvez tivessemos serenidade se não ganhassemos a consciência de que aquilo que perseguimos é ilusório. Depois de alcançado, fica o vazio.