As primeiras andorinhas andam por aí, mas certamente devem estranhar o frio e a chuva. No beiral por cima das janelas do quarto e da sala, elas fazem ninho. Os gatos não sabem que elas vão voltar, mas quando as crias deste ano começarem a atirar-se no vazio, experimentando as asas, desafiando a vida, vão fazer a mesma figura de sempre, trincar pássaros imaginários, retorcendo os bigodes com um prazer nunca concretizado. Eles, os gatos, não sabem que o ciclo se repete. Eu sei. Que ganho com isso?
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