09/03/13

Prisões

Os dias que são como feixes de luz cruzando-se, diluídos uns nos outros. Mas cada um promete uma singular proposição, nunca cumprida. Fingir cada meta atingida, aceitar a fraude dos objectivos ultrapassados. Linguagem morta, números e prisões repetidas. Cada vez mais me sujeito a isso. Regulo as dores, coloco-as numa ordem superlativa. Consigo hierarquizá-las de um modo mais ou menos definitivo, estabelecer prioridades, coisas a rejeitar e problemas que terei de resolver, sinto a solução como um disparo que vence a distância entre o ponto de origem e o agora. É agora. A seta do tempo regressou, e ainda estou aqui como se tivesse passado sete anos e alguns meses. Agora.

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