Andar em contraciclo e contra as modas obriga a uma férrea disciplina, e por isso leio Budapeste, de um Chico Buarque que nunca, nem como músico, me interessou por aí além. Agora que saiu Leite Derramado
, descubro o tal assombro de que falam. Ah, mas músico sabe escrever? Mas celebridade pode escrever, se expressar em mais de um meio, e sempre de forma excelente? Parece que Chico Buarque pode, e Budapeste está a ser uma revelação que possivelmente vai fazer com que a férrea disciplina seja quebrada. Agora, não me peçam para ler Montanha Mágica, nesta nova tradução e tal e tal. Haja paciência. Espero encontrar Hans Castorp num futuro mais ou menos longínquo. Talvez quando finalmente traduzirem Finnegan's Wake, a impossibilidade em letra de forma.
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