Foto: Sérgio Lavos
Quando, a um canto do Pátio da Inquisição localizamos o CAV - Centro De Artes Visuais de Coimbra- a primeira coisa em que reparamos é no abandono a que foi deixada a instalação de Pedro Cabrita Reis. Às seis da tarde já é de noite e, por isso, mais se evidencia a escuridão desta instalação, criada e recortada pela iluminação. As luzes apagadas, a desolação total, continuação do isolamento que se sente no Pátio. Até custa a acreditar que as movimentadas Rua da Sofia e Visconde da Luz ficam ali tão perto.
Quanto à exposição, estava deserta. Éramos os únicos, além das funcionárias, apesar de ser Domingo, apesar de ser gratuito. O mote da exposição remonta intencionalmente a Immanuel Kant e às condições de possibilidade do conhecimento humano. Por isso, encontramos auto-retratos, identidade e desfiguração, taxinomias que lembram Goethe, sequências de imagens fixas em movimento, aliens, órgãos ampliados e autonomizados como em Buñuel. Inclui ainda um vídeo onde o artista reflecte sobre as relações entre espaço interior/exterior, opacidade/esbatimento, num encontro entre o espaço da exposição e a obra de arte.
Até 28 de Janeiro de 2007.
[Susana Viegas]
Está patente no CAV de Coimbra a exposição Condições de Possibilidade, conjunto de 79 obras de Jorge Molder marcado pelo grande formato, pela série The Secret Agent (na foto).
Quando, a um canto do Pátio da Inquisição localizamos o CAV - Centro De Artes Visuais de Coimbra- a primeira coisa em que reparamos é no abandono a que foi deixada a instalação de Pedro Cabrita Reis. Às seis da tarde já é de noite e, por isso, mais se evidencia a escuridão desta instalação, criada e recortada pela iluminação. As luzes apagadas, a desolação total, continuação do isolamento que se sente no Pátio. Até custa a acreditar que as movimentadas Rua da Sofia e Visconde da Luz ficam ali tão perto.
Quanto à exposição, estava deserta. Éramos os únicos, além das funcionárias, apesar de ser Domingo, apesar de ser gratuito. O mote da exposição remonta intencionalmente a Immanuel Kant e às condições de possibilidade do conhecimento humano. Por isso, encontramos auto-retratos, identidade e desfiguração, taxinomias que lembram Goethe, sequências de imagens fixas em movimento, aliens, órgãos ampliados e autonomizados como em Buñuel. Inclui ainda um vídeo onde o artista reflecte sobre as relações entre espaço interior/exterior, opacidade/esbatimento, num encontro entre o espaço da exposição e a obra de arte.
Até 28 de Janeiro de 2007.
[Susana Viegas]
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