23/02/12

Banalidades de base

Pensei em tempos alimentar um blogue suburbano. A cintura industrial de Lisboa já tem o seu romance - "Última Paragem, Massamá", do Pedro Vieira - e o seu estrangeirado, um luxo chamado Rogério Casanova. A Ana de Amsterdam é a cronista que a linha da Azambuja merece. Concluindo, a tarefa estava entregue, e bem, a várias mãos. Antes que me torne um emigrado a pedido do Governo, finjo frequentar a "vida cultural" de Lisboa, mas passo mais tempo a caminho de casa ou no paredão de Alhandra a Vila Franca do que na Cinemateca. Portanto, escrevo do interior da Grande Lisboa, e gosto assim assim da Madeleine Stowe, apesar de não me lembrar de um único filme no qual ela se tenha destacado - os Moicanos não é um bom exemplo e o Michael Mann é sobrevalorizado, sobretudo pelo Luís Miguel Oliveira. Não sei quais os critérios do Eremita da Planície, mas tenho quase a certeza de não os cumprir.

Sobre o José Gil: uma fenomenal máquina de parir banalidades? Olhe que não, olhe que não. Só quando fala do que não é a sua vida, a filosofia, e se põe a discorrer sobre a "essência da portugalidade". Esse tema é território demarcado de Eduardo Lourenço.

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