O frenesim da reentrada, útil, exercício de vaidade ou motor da mecânica perpétua da novidade, é um paradoxo da estação. O Verão vai-se diluindo na chegada mais rápida da noite. De manhã, saímos de manga curta e sentimos o frio leve de Outono. Esperamos e receamos o último dia de praia - e o fim de tarde, sol baixo, que ele nos oferece. E depois achamos que o Verão deixou de ser necessário, e será melhor ficar em casa, à espera da primeira chuva. A realidade troca-nos as voltas. O regresso à rotina diária é uma violência - o mundo acelera, mas o fim do Verão mereceria o som triste de uma valsa tardia. Não quero reentradas, nem rentrées, apenas um chá quente e algumas torradas - mesmo que não beba chá, nem coma torradas.
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