Não há gravidade que possa submeter o tempo à necessidade humana. Parece que tudo muda, e a escala que o mundo tem na infância não foge à regra. A mesma natureza, agora, serei diferente enquanto registo as alterações mínimas, as semelhanças.
Duas linhas paralelas que nunca se encontram - o passado e o olhar que o fabrica. Agora, observo o passado, e a luz que sobre ele incide inflama as sombras, modificando as arestas que o compõem.
Hoje o dia acordou quente; uma semana passou durante um verão, nenhuma reconciliação será possível. Os lugares por onde me passeio não são a terra que conheci - eu sou diferente.
[Sérgio Lavos]
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