(...)E assim, chegamos à idade plena da Web 2.0. Aqui estamos, publicando fragmentos diarísticos, pedaços de criatividade mais ou menos sofrível, pensamentos para o mundo ler – mesmo que não queira. A internet, esse círculo dantesco de despojados do conhecimento real, deixou que blogues, fotoblogues, fóruns, tomassem conta da vida de muitos que deveriam confiar os seus escritos ao morno conforto da gaveta. Estamos no século XXI, e podemos usufruir, quase em tempo real, das confissões de milhões de aspirantes a Gide e a Kafka. George Orwell, blogger involuntário, daria a sua permissão para o serviço que estão a prestar aos seus diários? A luta é constante; quem publica na blogosfera pretende o reconhecimento da importância desta actividade, e converter escritores mortos aos blogues não é um pecado que não possa ser perdoado.(...)
Continua aqui.
[Sérgio Lavos]
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