Os Interpol continuam, ao terceiro álbum, Our Love to Admire, a produzir música da mesma maneira: um excelente sentido de ritmo - a bateria e o baixo em jogos que fazem lembrar, claro, a banda de quem não vou pronunciar o nome - a voz com um timbre parecido com... o vocalista daquela banda cujo nome não vou escrever, mas em que cada letra, por muita perversidade que contenha (como em Evil) soa límpida, despida de negritude e depressão. Talvez seja por serem de Nova Iorque, e não de Manchester (não sei porque refiro esta soturna cidade industrial inglesa). Seja como for, alguns passos à frente de grande parte da onda neo-pós-punk que ainda varre a música, apesar dos anos que decorreram desde Is This It, dos Strokes. Não é despicienda, a referência, mas a grit (principalmente se comparados com os seus conterrâneos) que não têm é compensada pela elegância do estilo.
Mais sexo e menos sombras - a dose certa dos Interpol - e não, não mencionarei a banda que eles respiram por todos os poros em Evil, a minha música preferida. Para ouvir na Quarta-Feira, ao vivo, e nos próximos dias na barra da direita.
[Sérgio Lavos]
7 comentários:
aposto que estavas a referir-te aos beatles. espera, esses eram de liverpool... hummm... durutti column??
Sendo os Pink Floyd de Londres...
Não vejo... ainda bem que não perdeste o controlo.
Hands Way (a minha fase psicadélica), o crescendo neurótico, por agora. Mas já foram muitas outras. Não vou negar que as mais badaladas Obstacle1 ou Hands Away tenha deixado de arrepiar... semelhanças.
Em vez de uma ERRATA, aqui fica o comentário corrigido (a idade não perdoa...):
Sendo os Pink Floyd de Londres...
Não vejo... ainda bem que não perdeste o controlo.
Hands Away (a minha fase psicadélica), o crescendo neurótico, por agora. Mas já foram muitas outras. Não vou negar que as mais badaladas Obstacle1 ou Slow Hands tenham deixado de arrepiar... semelhanças
as referências são óbvias, sim, mas do resto discordo. este último álbum é muito inferior aos outros dois.
esqueçam lá a outra, e os REM, então este tema a voz e não só, parece tal e qual os primordios de REM, ou estou maluco ou acho estranho nunca ninguém ter reparado :)
o concerto foi suado, teve pica, mas sem rasgo. e ao vivo não se parecem demasiado com nenhuma banda que eu idolatre. este último álbum não é tão bom, mas tem uma música fantástica, "No I in the threesome" (video mais acima). REM? parece-me bem que sim... e isso não é mau.
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