Os antigos falam dos cães pretos que assombram as aldeias. Encarnações do diabo; se alguém pegar neles, sentirá um peso absurdo, muito além do que seria de prever. Seguem os homens pelos caminhos, espreitam nas esquinas, escondem-se na escuridão. Requerem vigilância permanente, cuidados, precauções. A quem não cuidar, aparecem, e atiram-se às sombras que a alma projecta. Não devemos, nunca, descansar.
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