18/08/11

Carro

Surpresas e ausências. Permanência. O que preferir, o que entender? O esforço de atribuir um sentido aos acontecimentos; não no sentido premonitório ou místico. Mas um sentido. A linha que leva de um lugar ao outro; sentir o ritmo da viagem. Andar a reboque do tempo, deixá-lo tomar as decisões de que não nos conseguimos livrar. E depois não lamentar a abdicação. Olhar para trás e achar que tudo aconteceu como deveria ter acontecido. A liberdade, uma paisagem desaparecendo no retrovisor do carro. E eu, no lugar do morto.

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