30/04/10

Quotidiano

Seguramente que algures a meio da viagem, perdi a bússola. A partir daí, continuei a caminhar por instinto. Mas o instinto é apenas útil nas decisões imediatas, a longo prazo é um erro confiar nele. Não posso acreditar apenas na biologia, talvez num bem maior, do qual estará ausente Deus. A alternativa é não confiar, achar que aquela sensação de que tudo se desenvolveu em sobressalto, sem plano ou bússola, é muito mais do que a consciência a reconquistar o seu território. Faço hoje para amanhã me arrepender, e não há qualquer grandiloquência nesta ideia: assim sucede, à medida do quotidiano.

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