02/06/06

Tristeza e desencanto

No seu último álbum, Morrissey fala de modo explícito sobre sexo. Horror e espanto? Mentira, ele anda a fazê-lo desde o final dos anos 80. Há, no entanto, uma imagem construída que é difícil desaparecer de um momento para o outro. Depois dos vinte e cinco, deixa de fazer sentido a pose miserabilista tão elegantemente cultivada pelo músico. A tristeza tem um prazo de validade muito curto. O desencanto, por outro lado, pode durar uma vida. Descobrir a diferença de natureza dos dois marca a fronteira entre uma metade e outra do tempo a que temos direito. Há quem não resista à descoberta.

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