Em 1986, teve lugar o primeiro Mundial a que pude dar verdadeira atenção, e lembro, em primeira mão ou por via do bombardeamento de imagens a que estamos sujeitos, os dois golos oferecidos por Deus a Maradona contra a Inglaterra. Vinte anos depois, sei que vou perder muita coisa em directo, porque me recuso a pagar mais por um canal monopolista que, por distração ou falta de vontade da concorrência, adquiriu os direitos do Mundial para Portugal. E há quem não tenha sequer a oportunidade de assistir aos jogos porque se encontra na periferia da cobertura das redes cabo nacionais. É uma coisa pequena, eu sei. Mas que significa algo; a falácia do acesso à informação é exposta pela revelação do outro lado da moeda no processo: tudo se compra, não há almoços grátis. Sem melancolia, é assim que tem de ser. Ou não?
[SL]
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