Já não me lembrava de que gostava de Peter Greenaway. Há anos que os filmes dele não estreiam nos cinemas, e o último que eu vi em sala terá sido o Livro de Cabeceira. Tudo o que interessa numa arte puramente visual está na obra dele. Nunca terá tido muito interesse em contar uma história, mas a verdade é que os diálogos tem uma elegância, uma wit rara no cinema contemporâneo. E o cuidado na composição, nos enquadramentos, o rigor do plano fixo, a imaginação da montagem, as alusões mais ou menos evidentes aos mestres da pintura ocidental e a reflexividade metaficcional, fazem dele um cineasta que acaba por ser bastante menosprezado. Uma injustiça.
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