28/03/11

Escrever a viagem

imobilidade fulminante da escrita e o movimento permanente da viagem: os dois territórios em que o escritor viajante se encontra. Entre um e outro, entre a velocidade da mão sobre o papel e a atenção do olhar sobre a paisagem, a dinâmica da memória, o vaivém entre passado o futuro, esbatendo o eterno presente. A dobra nascida deste embate, desta comunhão, desdobra o espaço em todas as suas dimensões. Mas Sebald ultrapassa estes vastos limites: cria pensamento.

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