O Manuel A. Domingos, um excelente poeta, passou-me uma corrente a que não posso escapar, principalmente porque não quero, mas também porque sim. Não gosto da frase: "aquelas pequenas gotas de alma que ficam connosco, mesmo quando nos esquecemos delas". Mas a ideia agrada-me. Então, o que temos? O poeta a que mais regresso, por várias razões, entre elas a mais cruel: a sua perfeição inatingível. Luís Miguel Nava:
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Às vezes, entranhando-me num espelho, consigo dar nele duas ou três braçadas sucessivas.
Não passo a ninguém esta corrente, porque quem se preocupa com assuntos de "alma" já tem muito em mãos para se ocupar.
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